Ela
parecia inofensiva, quando estreou nas passarelas com seus 16 anos. Ninguém
diria que a gaúcha Maria da Graça Xuxa Meneghel se tornaria uma das maiores
celebridades brasileiras. Depois de uma bem sucedida carreira de modelo, ela
entrou nos anos 80, como apresentadora de programas infantis, primeiro na
Manchete e depois na Globo e atualmente na RecordTV com um programa para os
altinhos. Inventora do termo “baixinhos”, ela cresceu sobre uma estrutura de
marketing e de licenciamento de produtos que inaugurou uma nova fase no mercado
artístico. Seus Cds venderam milhões de cópias e seus filmes foram sucesso de
bilheteria. Com isso Xuxa foi a maior responsável pela entrada de milhares de
crianças no mercado de consumo. Apareceu na lista dos artistas mais bem pagos
do mundo. Na década de 80, 90 e 2000 Xuxa estampava várias campanhas
publicitárias de diversas marcas, como: Chocolates Garoto, Oi, Lojas Americanas,
Monark, Nestlé, Coca-cola, Lojas Poesi, Tilibra, Maggi, Estrela, Arisco, La sereníssima, Monange, Boticário, Cicatricu, Wella, Jequiti e outros.
A “Xuxa Produções” empresa que detém seus direitos de imagem e
responde por toda marca Xuxa. Construiu o império da loirinha a partir dos seus
dotes artísticos e trejeitos infanto-juvenis, armou a coisa de tal maneira que há
muitos que almejam tornar-se seus sócios. A empresa Holding Xuxa Produções
trabalha com base em um plano estratégico, com critérios bem definidos para a
escolha de produtos nos quais Xuxa vai carimbar sua marca ou imagem. Desde os
anos 80, nada ia para o mercado sem o “ok” da rainha, e até hoje é assim.
Nas últimas semanas, Xuxa
invadiu o mercado publicitário com sua imagem nas campanhas de diversas marcas, como: Vivo, Eudora, Campanha da Vacinação, Espaçolaser, e a das lojas Americanas.
Campanha publicitária da TIM
Campanha publicitária da Eudora
Campanha publicitária da Lojas Americanas
Campanha publicitária da Vacinação contra Poliomielite e sarampo
Os anunciantes aproveitam qualidades marcantes da apresentadora nos anos 1980 e 1990 para ilustrar campanhas que resgatam o passado. Toda essa estratégia de marketing começou em 2016 com outra campanha que dialoga com diferentes gerações, é o comercial da Netflix, criado para divulgar a primeira temporada da série de ficção científica baseada nos anos 1980, Stranger Things. Com o nome de “Xuxa e o Baixinho que Sumiu”, o filme foi criado pela Soko, agência da holding Flag, e rendeu um Leão de Bronze ao Brasil na categoria Entertainment na edição 2017 do Cannes Lions. A união entre série e apresentadora foi possível pelo fato de Stranger Things ser ambientada na década de 1980. “Ela possui o potencial de atingir os mais diferentes públicos e gerações. Ela é uma das figuras mais conhecidas e presentes no imaginário popular”, opina Pitanguy.
Outra marca que tmbém
aproveitou a rainha dos baixinhos foi A Renault, apesar de não levar a
apresentadora de volta para o passado, usou seu sucesso “Ilariê” para
apresentar a campanha “Girou, Ligou, Ganhou” da
montadora. A criação foi da Neogama.
Seja quando se comunicava
com os “baixinhos” ou nas épocas em que comandou atrações para o público jovem
e adulto, Xuxa sempre foi um nome altamente valioso no mercado publicitário.
Com grande apelo de comunicação, a apresentadora sempre emprestou seu rosto e
voz à marcas que queriam passar uma mensagem ao público. A virada na
carreira da apresentadora – que assinou contrato com a Record depois de três
décadas de trabalho na Globo – gerou expectativas tanto em relação ao seu
futuro tanto na TV como nos planos de mídia dos anunciantes, porém podemos
constatar que depois de 3 anos da estreia do programa Xuxa Meneghel, o mercado
viu não apenas que a força comercial da rainha se manteve, como também pode ver
a apresentadora de maneiras diferentes, rindo, inclusive, de si própria.
Xuxa, é a rainha da publicidade nostálgica.
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